Com a corrida sprint do GP da Austrália de MotoGP cancelada, os pilotos perderam uma chance de pontuarem, mas para Marco Bezzecchi a decisão foi um alívio – permitindo-lhe pilotar menos e ter mais descanso quando ainda recupera de uma recente fratura numa clavícula.

O italiano assumiu que o fim de semana alterado e encurtado foi melhor para a sua condição física: ‘Lamento muito dizer isto, mas para mim foi uma grande sorte. É uma pena porque adoro esta pista, adoro as pessoas aqui, e é certo que elas queriam ter um bom espetáculo. Mas para a minha condição física é muito melhor. Pilotar com piso molhado já é menos sobrecarga, mas não pilotar é ainda menos sobrecarga. Esperava sofrer menos aqui, mas sofri muito. Portanto, recuperar mais um dia é bom para mim’.

Questionado sobre se tem sentido melhorias diárias da sua condição física, Bezzecchi confirmou, embora ressalve que ainda tem dores: ‘Tenho de dizer que o osso está a melhorar dia a dia. Tenho muito menos dor comparando com a Indonésia – na Indonésia foi muito doloroso. Quando estava a forçar com o braço sentia o osso a dar-me dor. Agora o osso está melhor, mas a fadiga que tive durante o fim de semana na Indonésia e aqui está a criar-me alguns problemas. Também o frio foi duro aqui porque tive uma dor constante todo o dia, com a mesma intensidade, sempre, com o frio. Foi duro, mas agora vamos para um local muito quente, para mim é melhor’.

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Uma semana depois de perder a liderança do Mundial de MotoGP para Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati), Francesco Bagnaia está de novo no topo e com 27 pontos de avanço – depois do quinto lugar deste sábado no GP da Austrália.

Questionado em conferência de imprensa sobre se este resultado significa que foi um dia importante para a luta pelo título, o piloto italiano concordou, mas realçando que ainda nada está decidido:

– Em absoluto, mas com os pés no chão. Sabemos perfeitamente como as coisas podem mudar: estava com 62 pontos de vantagem depois de Barcelona e num momento perdi a liderança. É muito fácil começar a ter problemas, portanto é muito importante ter fins de semana como este, como em Mandalika sendo veloz também quando tens dificuldades, e tentar sempre estar no topo.

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Pol Espargaró vai ficar de fora da grelha de MotoGP em 2024, mas nem por isso deixa de se mostrar empenhado em terminar a temporada de 2023 com bons resultados. No primeiro dia de treinos na Austrália, o #44 conseguiu mesmo um lugar no top 5, qualificando-se diretamente para a Q2.

Em debrief após terminar o primeiro dia de GP, Pol Espargaró afirmou estar contente com o seu ritmo, afirmando estar a disfrutar da sua GasGas e mostrando estar de acordo com a alteração de horários:

– Não foi mau, não foi mau. Honestamente esta manhã tive algumas dificuldades com o pneu médio traseiro, mas quando colocámos o traseiro macio, foi muito bom. A moto está a trabalhar bem, sinto-me bem a pilotar a moto e consegui um bom tempo atrás do Brad (Binder), e ele está a pilotar noutro nível, por isso estou muito contente. Estou a disfrutar cada volta deste circuito. (…) Mas neste momento sinto que consigo ter um bom desempenho, independentemente de ser a corrida longa ou a sprint, mas olhando para as condições do tempo, é melhor termos a corrida amanhã e não no domingo.

O piloto da GasGas afirmou ainda que os riscos para domingos não se prendem apenas ao vento, mas à combinação de fatores, afirmando que, na sua opinião, a enorme carga aerodinâmica até pode ser uma ajuda nestas condições e não prejudicial:

– Eu acho que é uma combinação. Frio, mais o vento, mais a chuva. Se tivéssemos muito vento, o que eu acho que são as piores condições que podes ter numa moto de MotoGP. O vento é muito irritante, também em Moto2 e Moto3. Mas se depois juntares a condições muito frias, é muito mau, mesmo que esteja seco. Então se colocares água… fica arriscado. (…) Na verdade, é o contrário. Talvez vires um pouco menos ou assim, mas a moto é mais estável com as asas, eu acho que é melhor, principalmente com a dianteira, fica mais colada ao solo.

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Claro como a água. Miguel Oliveira confirmou que existe uma real hipótese de mudar de equipa na época que se avizinha. Honda ou a equipa oficial da Aprilia são possibilidades fortíssimas neste momento para o piloto português.

‘Em relação à possibilidade de ir para a Honda é real, é possível, mas para já não há nada em concreto, não posso avançar com mais informações. A minha situação é bastante clara, tenho contrato com a Aprilia para 2024, na equipa da RNF, é também verdade que se tiver uma proposta de uma equipa de fábrica podemos, naturalmente, falar com a Aprilia e perceber a minha direção de futuro com eles e eventualmente poder romper o contrato’, começou por dizer Oliveira em declarações à Sport TV.

Além da marca nipónica, o salto para a team oficial da Aprilia está em cima da mesa. O que significaria uma de duas possibilidades, ou a saída de Maverick Viñales ou de Aleix Espargaró.
— Para já, algum piloto teria de sair, há muitas coisas no ar, é verdade que a Honda está à procura de um piloto de topo, não se o vai encontrar na Factory Team ou noutra equipa’, declarou. As próximas semanas prometem ser intensas e irão revelar qual será o futuro do almadense na categoria rainha de motociclismo.

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