Depois da interrupção prematura da corrida do Mundial de Moto2 na Austrália, ainda houve alguma incerteza sobre se a corrida sprint de MotoGP se realizaria. A decisão foi a de a cancelar, perante o vento forte.

Mike Webb, diretor de corrida do MotoGP, explicou que os pilotos foram ouvidos antes da decisão, tal como os chefes de equipa: ‘Tivemos uma reunião com todos os chefes de equipa pouco antes de tomarmos a decisão, com todos os chefes de equipa. O Loris [Capirossi, conselheiro de segurança] e o Carlos [Ezpeleta, diretor desportivo da Dorna] falaram com os pilotos, e o Tomé [Alfonso, delegado de segurança da FIM] falou com os pilotos de MotoGP nas suas garagens para receberem as opiniões em primeira pessoa deles. Como podem imaginar, há uma grande amplitude de opiniões dos pilotos, dependendo de quem são, das suas próprias circunstâncias, o que for… portanto, uma enorme amplitude’.

Segundo o britânico, tentar dar início à corrida com condições piores das que se verificavam aquando da interrupção da de Moto2 não estava em cima da mesa: ‘Portanto, falámos com as equipas para dizer: «Estas são as nossas opções, esta é a situação como é neste momento». Mas sequer partir outra vez, sequer fazer uma volta de reconhecimento e tentar realizar uma corrida quando a condição meteorológica é significativamente pior do que era quando mostrámos a bandeira vermelha… Lamento, não é uma opção, não o podíamos fazer’.

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A organização do MotoGP tomou a complicada decisão de cancelar a corrida sprint do GP da Austrália, com o vento de rajadas em Phillip Island a tornar impossível a sua realização. Era uma situação que já se sabia ser possível considerando as previsões meteorológicas – tanto que a corrida principal foi antecipada para sábado – e o diretor de corrida, Mike Webb, admitiu que não havia outra decisão possível.

O responsável explicou que o vento tornou impossível realizar a corrida, sabendo-se já que seria complicado pela experiência de 2019: ‘Acabámos por não ter alternativa. Sabíamos que a previsão era, e estranhamente para aqui, foi consistente toda a semana que isto ia acontecer no domingo. E é por isso que mudámos preventivamente a corrida [para sábado]. As condições acabaram por ser o que se previu. Só para ser claro, a chuva nunca foi um problema, é o vento, e sabemos por experiência prévia, especialmente aqui, e especialmente com o vento naquela direção particular, que as curvas um e sete/oito são muito desafiantes. Tivemos esta experiência em 2019 – quando demos bandeira vermelha à qualificação de MotoGP pelo mesmo motivo. Portanto estávamos conscientes’.

Webb disse depois que a intensidade do vento permitiu iniciar o dia de domingo, mas o agravamento tornou as condições impraticáveis: ‘Sabendo quais foram as condições do vento em 2019, quando tivemos mau vento pela última vez, o que foi todos os dias deste fim de semana, durante esta semana e durante o dia de hoje, com as atualizações tão rápidas quanto nos podem dar, o vento estava abaixo do nível de 2019 e estava razoável para o começo do dia. Na altura em que houve uma rajada… bem, existiam rajadas pelo circuito, e a corrida de Moto2 teve bandeira vermelha por causa disso, é muito óbvio’.

Segundo o britânico, as condições só pioraram depois dessa bandeira vermelha: ‘Ao longo de todo o dia estamos a monitorizar qual é a condição do vento fixo e quais são as rajadas, e esse número aumentou lentamente durante o dia. Tendo mostrado bandeira vermelha numa corrida devido às condições do vento, a menos que melhorasse, não havia forma de começar outra corrida, e não melhorou, piorou. Portanto, acabámos por não ter escolha’.

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