Pela primeira vez na carreira, Marc Márquez irá pilotar uma moto que não a Honda no MotoGP – junta-se à Gresini a bordo de uma Ducati em 2024. Depois de vários anos de domínio, as últimas épocas têm sido complicadas, não só para o construtor japonês, como para o próprio piloto.

Na mudança que fará no próximo ano, Casey Stoner considera que o #93 poderá ver finalmente qual é a razão das suas dificuldades pessoais. O antigo piloto disse ao site Crash.net:

– A Honda tem tido dificuldades há um par de anos. É fácil estar de fora e dizer «a equipa não fez um bom trabalho». Mas na verdade não é a equipa. Vai muito além disso. Não temos a certeza de quanto esforço eles estão a fazer nas corridas. Sei que existiram algumas mudanças de cargo no Japão e parecem estar a afetar a equipa. Os dois construtores japoneses parecem estar um ou dois passos atrás. […]. É intrigante que os construtores japoneses estejam igualmente atrás dos europeus. O Marc vai dar uma hipótese a ele mesmo de entender se é ele ou a moto.

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Depois de dois anos, Fabio Di Giannantonio sairá da Gresini no fim desta época de MotoGP. O seu lugar será ocupado por Marc Márquez, mas mesmo assim não deixa de ficar triste com o desfecho.

Numa entrevista com a TNT Sports, o italiano afirmou que ficou triste por perder a vaga, mas também reconheceu que Márquez não é um piloto qualquer: ‘Estava muito triste, porque realmente coloquei tudo nesta equipa. É um pouco triste para mim, porque realmente quis alcançar a meta principal com esta equipa. Mas depois o outro lado é que é o Marc Márquez, somos profissionais e pode acontecer, é normal porque é o Márquez’.

Por outro lado, Di Giannantonio revelou alguma insatisfação com a gestão do processo por parte da Gresini: ‘Também não gostei da forma como a equipa geriu a situação, honestamente. Puderam confiar mais em mim e no Franky, e no nosso trabalho. Puderam esperar mais. O Marc virá, é o melhor, oito vezes campeão, portanto está bem, é o que há’.

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Depois do quarto lugar na Indonésia, o primeiro pódio no MotoGP não demorou muito a chegar a Fabio Di Gannantonio. O piloto da Gresini está em excelente forma e foi terceiro na corrida principal do GP da Austrália este sábado.

O piloto da Gresini falou de uma prova em que se divertiu, procurando fazer uma boa gestão ideal dos pneus: ‘Bem, foi seguramente uma corrida longa. Não estávamos prontos para fazer esta longa distância no sábado, mas foi uma corrida pura, divertida. Parti bem e fui veloz no início. Estive a tentar gerir o pneu traseiro, mas também a tentar atacar um pouco para tentar não perder demasiado terreno nas primeiras voltas. E depois apanhei o Brad [Binder], ultrapassei-o, mas não foi possível, também porque havia algum vento e quando estás à frente é mais difícil atacar’.

Di Giannantonio, agradado com o desempenho, também enalteceu a última volta com a indecisão na luta pelo triunfo: ‘Penso que foi um ótimo desempenho, fomos velozes ao longo de todo o fim de semana e também fomos constantes ao longo de toda a corrida exceto nas últimas sete voltas, que foi uma grande tarefa para todos por causa do pneu. A última volta pareceu um pouco como no Moto3, antigamente, com muitos pilotos a lutarem por algo importante. Existiram muitas ultrapassagens e um pouco a possibilidade de ganhar. Foi pura diversão’.

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Fabio Di Giannantonio continua numa fase boa da sua carreira no MotoGP, alcançando este sábado o seu primeiro pódio na classe rainha. Foi terceiro no GP da Austrália, depois de lutar pelo pódio com alguns dos mais fortes do pelotão até à última volta.

O resultado de Phillip Island é motivo de orgulho e de satisfação para o italiano da Gresini, que na entrevista rápida à transmissão oficial admitiu que o resultado é inesperado:

– Ainda tenho de recuperar disto! Dei 200 por cento. Pensava que podia ser uma boa corrida porque o ritmo foi ótimo todo o fim de semana, mas honestamente não esperava este desempenho. A partida foi incrível – talvez a melhor partida da minha vida. E depois estive lá, estive a tentar controlar a traseira, mas não foi fácil. Mas então, uau, que última volta, lutar com os melhores do jogo é algo incrível, portanto estou super orgulhoso.

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No ano que vem, na mudança para a Gresini, Marc Márquez irá fazer dupla com o irmão Álex – que já está na formação italiana desde o começo desta época, conhecendo a estrutura e a moto da Ducati.

Questionado em conferência de imprensa sobre o que o irmão mais novo lhe disse acerca da moto e da equipa, o #93 explicou que não há muito que o atual piloto da Gresini lhe possa dizer:

– Claro que o meu irmão pode dar-me algumas indicações, mas não muitas, porque acaba por ser a minha responsabilidade, não é responsabilidade dele. E no final o que avalio um pouco é… claro que falamos mais sobre a equipa, que é uma equipa muito agradável, amistosa. Mas não sobre a moto porque todos os pilotos têm um estilo de pilotagem diferente.

Nesta nova etapa da sua carreira, Márquez sente que o seu desafio será estar mais perto dos atuais pilotos de topo, analisando o desempenho da moto e da equipa: ‘Estes dois pilotos [Francesco Bagnaia e Jorge Martín] são mais novos do que eu e mais rápidos neste momento. Por isso, o meu desafio é tentar estar mais próximo deles. Estar ao mesmo nível imediatamente será difícil, mas passo a passo, tentar trabalhar. O que tento analisar é o desempenho da moto em pista, mas também a equipa. E especialmente a situação que tenho neste momento. Porque dentro do meu corpo, dentro da minha cabeça, eu sou o único que sabe o que preciso’.

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Fabio Di Giannantonio tem passado tempos difíceis, perante tudo o que se falou acerca do seu futuro no MotoGP. O piloto da Gresini sabe que não estará no pelotão de 2024, mas depois de muitos duvidarem de si ontem alcançou o quarto lugar no GP da Indonésia.

O italiano não escondeu que passou por momentos muito complicados perante tudo o que se falou acerca de si, mas vincou que sempre tentou permanecer forte e focado no trabalho:

– Sou humano, como todos no mundo, por isso tenho emoções, tenho sentimentos. Portanto, é certo que foi duro. Eu sei que isto é só um desporto, mas é a minha vida. Duvidaram de mim, no meu trabalho, mas na minha vida… foi uma das coisas mais difíceis da minha vida. Mas como humanos somos capazes de ser fortes e julgo que fui forte, com momentos em baixo, é certo. E quis e forcei-me a ser forte, a trabalhar, trabalhar, trabalhar, a estar focado.

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Quando já sabe que não irá continuar no MotoGP em 2024, Fabio Di Giannantonio alcançou este domingo o seu melhor resultado da carreira até agora. O piloto da Gresini Racing cortou a meta do GP da Indonésia em quarto.

Questionado acerca das suas sensações após a corrida, o italiano confidenciou que estava muito emotivo depois de um resultado que mostra que algo está a funcionar depois de todos os seus esforços:

– Foi um pequeno momento para mim, mesmo se estava aborrecido diante de todas as pessoas do mundo por causa das câmaras. Mas foi um pequeno momento para mim, porque eu estou a trabalhar tanto, honestamente. Estou a trabalhar muito em várias, várias áreas, em várias, várias coisas. E mesmo se quase todo o mundo duvidou de mim e foi quase contra mim, nunca desisti. Sempre trabalhei, sempre me foquei em mim, em ser melhor e mais veloz. Hoje não é uma vitória, não é um pódio, mas é um grande resultado que dá algum sabor doce. Significa que algo está a funcionar bem. Foi um bom momento.

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Marc Márquez irá representar a Gresini Racing na próxima temporada do Mundial de MotoGP, e assim poderá pilotar uma Ducati. Jorge Lorenzo acredita que o seu antigo colega irá voltar a dar nas vistas em 2024.

O antigo piloto afirmou à DAZN que a situação atual do #93 era insustentável: ‘Ele não aguentava mais um ano assim, estava tão queimado, entre aspas, com a situação, com ter de arriscar sempre a cada fim de semana, essas quedas, essa má sensação, que preferiu sair da Honda. Teria sido bonito terminar pelo menos esse contrato com uma fábrica que sempre o apoiou, mas não podia ser’.

Sobre 2024, Lorenzo considera que Márquez será o melhor piloto na melhor moto: ‘Veremos um campeonato muito divertido no próximo ano, com um super piloto, que para mim continua a ser o melhor, com a melhor moto’.

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O futuro de Marc Márquez no MotoGP já está confirmado, mas nem por isso a especulação desaparece. Agora, incide sobre os moldes contratuais que o levam à Gresini.

Fontes no paddock adiantam ao Motorcycle Sports que o espanhol terá um acordo para ter uma moto de fábrica na Gresini, sendo um vínculo de apenas um ano. E a ligação à Honda não irá terminar totalmente.

Os mesmos rumores dizem que o construtor japonês continuará a pagar a Márquez os direitos de merchandising e de imagem – numa espécie de cedência em que a Honda poderia de certo modo ter um plano de «espiar» a moto da Ducati que é considerada a mais forte da atualidade.

Como é natural, há que encarar esta especulação com alguma cautela. O construtor de Borgo Panigale já garantiu que só tem capacidade de ter quatro motos de fábrica – as da equipa oficial e as da Prima Pramac.

Porém, também é verdade que com Márquez vem mediatismo e possíveis somas avultadas de patrocinadores, que poderiam viabilizar uma quinta Desmosedici GP atual em 2024.

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Marc Márquez vai representar a Gresini na próxima temporada de MotoGP, e a sua estadia pode ser curta. Isto porque o vínculo é apenas para 2024.

O espanhol esclareceu em conferência de imprensa que tem tudo a ver com o momento complicado que atravessa, realçando que se não desfrutar na moto não faz sentido dar continuidade à carreira:

– Para mim, a única opção era um contrato de um ano. Quando estás em momentos muito difíceis até tens dúvidas em ti mesmo. Sempre disse que se não estiver a desfrutar, para mim não há significado em pilotar uma moto. Porque se não estás a desfrutar, por quê ficar aqui?

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