A última ronda do campeonato mundial de MotoE teve lugar a semana passada no GP de San Marino, com esta a ficar marcada por diversos momentos memoráveis, como a primeira vitória de Nicholas Spinelli.

O rookie foi um dos destaques, num campeonato que Mattia Casadei conquistou, naquela que foi a primeira época com a Ducati como fornecedora de motos na categoria.

Fique com um breve vídeo onde poderá ver alguns dos melhores momentos da corrida em Misano:

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Esteban Garcia, o técnico-chefe de Dani Pedrosa, partilhou a sua opinião sobre o GP de Misano, afirmando: “Para ultrapassar Bagnaia, ele teria de se apoiar nele, e Dani não gosta de estar no centro das atenções por ter causado a queda de outro piloto”.

Parece quase inacreditável, mas com apenas duas corridas de Grande Prémio esta época, Dani Pedrosa está à frente de Marc Marquez por um ponto na classificação do Campeonato do Mundo. Durante as corridas de wild card em Jerez e Misano, o piloto espanhol não tinha nada a provar, mas deixou uma impressão significativa. Especialmente em Itália, onde esteve perto do pódio tanto na sprint como na corrida de domingo. Além disso, foi sempre o melhor piloto da KTM ao chegar ao final da corrida.

Numa entrevista ao AS, Esteban Garcia falou sobre o desempenho de Pedrosa no fim de semana de Misano. O Dani é muito perfeccionista, e eu também. Gosto de estar ao nível dele e é um desafio intrigante. Com o Dani, há muito para aprender e é uma grande responsabilidade estar com ele na box. É preciso estar ao nível dele, como piloto e como pessoa, mas estou a gostar.”

Muitos se perguntam se Pedrosa, que se aproxima dos 38 anos, seria capaz de correr uma temporada inteira. Garcia respondeu, “Ele não o vai fazer, mas tem o nível de pilotagem para correr durante uma época inteira. Ele provou isso em Jerez e Misano, onde o pódio estava ao nosso alcance em ambas as corridas.”

Relativamente ao pódio, parecia que Pedrosa podia ter conquistado o terceiro lugar tanto no sábado como no domingo. No entanto, parecia relutante em correr muitos riscos ao tentar ultrapassar Bagnaia. Garcia explicou, “O Dani é um piloto que não gosta de ser conhecido por cometer erros. Estivemos em Misano para testar alguns materiais, e estar no centro das atenções por causar a queda de um piloto não é a melhor coisa a fazer e não é agradável. Para ultrapassar no MotoGP, especialmente contra o Pecco, que trava muito tarde, é preciso simplesmente apoiar-se nele, e nós não estávamos lá para isso.”

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Francesco Bagnaia, após a corrida de Misano, usou repetidamente a palavra “incrível” para descrever vários aspectos do evento. O apoio esmagador do público, o seu desempenho e a atmosfera geral foram todos objeto da sua admiração. De pé no pódio, sentiu a energia eletrizante do público que entoava o seu nome.

Reflectindo sobre a corrida, Bagnaia disse: “Estou satisfeito por sentir todo este afeto; é mágico. Ver tudo vermelho é uma grande emoção e também uma responsabilidade, significa que estamos a trabalhar no caminho certo.”

Quando questionado sobre o significado da sua atuação, respondeu: “Não quero ser repetitivo, mas o esforço que fizemos para estar aqui foi imenso. Fi-lo principalmente por mim, porque era crucial ser competitivo depois do que aconteceu em Barcelona. Estar quase pronto para lutar na corrida não foi fácil, e estou orgulhoso disso.”

A corrida em casa de Bagnaia deu-lhe certamente uma motivação acrescida. Com humor, comentou que a corrida na Áustria poderia ter sido fisicamente mais fácil, dada a natureza exigente da pista de Misano. No entanto, o imenso apoio dos fãs e da equipa técnica foi inestimável.

Durante a corrida, Bagnaia tinha como objetivo mais do que apenas um 3º lugar. Tentou ultrapassar Jorge Martin, mas reconheceu a clara superioridade de Martin. À medida que a corrida avançava, Bagnaia enfrentou desafios físicos, especialmente após 15 voltas. Estava a rodar apenas com os braços e a pressão no pneu da frente tinha aumentado. Demorei 2 ou 3 voltas para recuperar o fôlego, e foi isso que me permitiu voltar a acelerar quando o Dani Pedrosa se aproximou.”

Pedrosa, de facto, deu a Bagnaia uma corrida pelo seu dinheiro. Bagnaia admitiu que garantir um lugar no pódio era da maior importância para ele. Ele falou sobre os desafios que enfrentou durante a corrida, especialmente quando mudou de direção e travou. Apesar das dificuldades, nunca pensou em desistir.

Quando questionado sobre o potencial resultado se estivesse em perfeitas condições físicas, Bagnaia sentiu que, embora a corrida pudesse ter-se desenrolado de forma diferente, bater Jorge teria sido um desafio.

Falando sobre a luta pelo campeonato com Jorge Martin e Marco Bezzecchi, Bagnaia fez uma observação alegre: “Se o Martin se aproximar demasiado, fechamos as torneiras!” Acrescentou ainda que está à espera de uma boa luta com Martin.

A corrida não foi particularmente agitada e Bagnaia atribuiu este facto à introdução da regra da pressão mínima dos pneus. Ele expressou suas preocupações sobre a regra, afirmando que ela complica as ultrapassagens e não necessariamente aumenta a segurança. Ele explicou: “Basta ficar 2 ou 3 voltas atrás de outro piloto e começamos a ter dificuldades em parar a mota. Se adicionarmos o efeito do slipstream, corremos o risco de chocar com ele”.

A posição da Michelin é que os pilotos devem gerir a pressão dos pneus. Bagnaia, no entanto, acredita que eles poderiam ter mais apoio nesse sentido. Ele enfatizou que, embora o desempenho não seja um problema, a segurança é fundamental.

Relativamente aos próximos testes, Bagnaia mencionou que poderá descansar se não houver nada de significativo para testar. Está otimista em relação ao GP da Índia e acredita que os seus problemas físicos não irão prejudicar o seu desempenho.

Em conclusão, a determinação e a resiliência de Bagnaia foram evidentes ao longo da corrida de Misano. Apesar dos desafios, ele continua focado no campeonato e está preparado para dar tudo de si nas próximas corridas.

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Andrea Dovizioso, antigo piloto de MotoGP, esteve presente no Grande Prémio de San Marino no passado fim de semana. Numa entrevista ao Tuttosport, analisou os acontecimentos dentro e fora da pista. Elogiou o desempenho de Dani Pedrosa como um wild card e comentou o futuro de Marc Márquez.

O domínio das marcas europeias no MotoGP é evidente. “O domínio da Ducati é claro, mas outros fabricantes europeus, como a Aprilia e a KTM, também se estão a adaptar bem ao choque tecnológico de Borgo Panigale. Estão a ter um bom desempenho e os resultados são visíveis: estão a aproximar-se. Têm potencial para bater [a Ducati], mas ainda vejo trabalho a fazer para lá chegar.”

Dovizioso defendeu a Ducati das críticas por ter oito motos na grelha de MotoGP. “Eu digo que estes não são problemas dos pilotos, e eles devem ficar fora disso. É uma questão política. Se a Ducati tiver a oportunidade de apresentar oito motos e for bem-sucedida, fará bem em fazê-lo.”

Também elogiou o desempenho de Pecco Bagnaia, que terminou em terceiro após a lesão em Barcelona. “Pecco em Misano foi excecional depois do grave acidente em Barcelona. É a pior coisa que pode acontecer na pista, estar no meio quando as outras motos chegam e ser atingido. Tudo pode realmente acontecer nessas situações.”

Dovizioso criticou os regulamentos do MotoGP, como o novo sistema de controlo da pressão dos pneus. “É por isso que não se vêem ultrapassagens. Ando a dizer isto há três anos: se querem dar mais entretenimento ao MotoGP, têm de mudar os regulamentos. Há demasiada carga aerodinâmica. Agora o MotoGP é quase como a F1: quando se está atrás de outro piloto, a mota já não funciona como a preparámos.”

Este aumento da tecnologia significa que o piloto importa cada vez menos, de acordo com Dovizioso. “Ver isso na pista é impressionante. As velocidades em curva de hoje são loucas, muito fascinantes. No entanto, o piloto pode fazer cada vez menos diferença. A técnica da moto determina isso, assim como o veículo que se tem.”

Dani Pedrosa foi um dos destaques do fim de semana. O piloto de testes da KTM participou como wild card em Misano, falhando por pouco o pódio tanto na corrida de Sprint como no domingo. “Não estou surpreendido. Sabemos como o Dani é forte. Como piloto de testes, nunca parou, e especialmente Jerez e Misano são dois dos seus circuitos favoritos. E o Dani, quando se sente bem, é realmente um piloto de topo, mesmo aos 38 anos. É ótimo vê-lo correr com as motos actuais com o seu estilo habitual e muito limpo.”

O desempenho de Pedrosa foi uma mensagem clara para a Honda, que tinha dispensado o piloto. “Sim, mas é mais uma confirmação de que, tal como a Yamaha, eles ficaram para trás. O problema é que eles já estavam atrás há alguns anos, e agora que a Ducati deu um grande impulso no seu desenvolvimento, eles não se adaptaram e, portanto, ficaram ainda mais para trás.”

Relativamente à Honda, muitos afirmam que não terão Marc Márquez no futuro. “Temos de saber quais são as possibilidades reais [de Márquez], os pormenores da situação. Estamos a falar deste tema há semanas. Penso que no próximo ano a Honda não será competitiva para o título, por isso, se esse é o seu objetivo, fariam bem em olhar à volta.”

No caso de Márquez, Dovizioso é claro sobre o que faria na sua situação. “Um piloto quer correr e fazê-lo para ganhar. Se tiveres a oportunidade de o fazer onde estás, ótimo. Caso contrário, vai para outro lado.

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Jorge Martín teve um fim de semana que certamente não irá esquecer tão depressa mas nem todos os grandes momentos do GP de San Marino tiveram o espanhol como destaque.

A organização do MotoGP fez um vídeo onde elegeu cinco dos melhores momentos da corrida de domingo, onde Martín é destaque, bem como Pecco Bagnaia ou… a dupla da KTM, Brad Binder e Jack Miller.

Fique com o vídeo abaixo:

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Dani Pedrosa completou o seu segundo wildcard da temporada de MotoGP no GP de San Marino. Depois de em abril ter dado nas vistas no GP de Espanha, esteve de novo em bom plano… cortando a meta em quarto lugar.

O piloto de testes da Red Bull KTM esteve inclusive na luta pelo pódio até às últimas voltas, mas não teve ritmo para ameaçar Francesco Bagnaia (Ducati) – o terceiro classificado.

Em todo o caso, Pedrosa fez um resultado invulgar para pilotos wildcard – que frequentemente participam com o fim maior de experimentarem componentes novos nas motos em ambiente de competição.

Desde o GP de Valência de 2018 que um wildcard não fazia um resultado tão bom. Na altura, tal como Pedrosa ontem em Misano, Michele Pirro ficou em quarto – a bordo de uma Ducati.

O conteúdo Desde 2018 que um wildcard não tinha um resultado tão forte como Dani Pedrosa aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Jorge Martín continua na luta pelo título de MotoGP, entrando na fase asiática a apenas 36 pontos da liderança ocupada por Francesco Bagnaia – há 37 pontos em disputa em cada Grande Prémio. Miguel Oliveira ganhou posições com o sexto lugar de ontem em Misano.

Com as vitórias na corrida sprint e na corrida principal do GP de San Marino, o espanhol da Prima Pramac recuperou 14 pontos face ao italiano da Ducati. Ao mesmo tempo, distanciou-se do terceiro classificado Marco Bezzecchi (Mooney VR46 Racing Team/Ducati)… que até se aproximou do topo, estando a 65 pontos de Bagnaia.

Em quarto lugar continua Brad Binder (Red Bull KTM), que até recuperou um ponto ao quinto classificado Aleix Espargaró (Aprilia). Fabio Quartararo é o primeiro da Monster Energy Yamaha em 11.º, logo na frente do colega Franco Morbidelli. O melhor homem da Honda continua a ser Takaaki Nakagami (LCR Honda), em 17.º, apesar de não ter pontuado em Misano. De referir que o quarto posto de ontem valeu a Dani Pedrosa (Red Bull KTM) a 18.ª posição no campeonato – à frente de alguns dos pilotos titulares.

Quanto a Oliveira, o português da CryptoDATA RNF MotoGP Team subiu a 13.º, ficando um pouco mais perto do top dez – que, no entanto, ainda está a 39 pontos de distância.

Classificação:

O conteúdo Luta pelo título relançada; Jorge Martín a 36 pontos de Francesco Bagnaia aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Uma semana depois do domínio em Barcelona, a Aprilia teve mais dificuldades no GP de San Marino de MotoGP. O seu melhor piloto foi Maverick Viñales, que não conseguiu ir além do quinto lugar.

Questionado se a real imagem do desempenho da Aprilia é a que se viu no GP da Catalunha ou em Misano, o espanhol retorquiu: ‘São duas pistas diferentes. Honestamente, aqui todos são velozes porque há muita aderência. Creio que temos de considerar Assen, temos de considerar Silverstone, como referências, onde o nível de aderência é médio – não é muito alto nem muito baixo. Portanto, nessas pistas fomos muito velozes’.

Sobre Misano em concreto, Viñales disse que não é fácil fazer a diferença: ‘Em Misano é sempre complicado: a Ducati faz 2.000 voltas aqui, a KTM testou antes. É verdade que o [Lorenzo] Sava esteve a testar aqui, mas ele esteve a testar coisas muito novas que nem sequer podemos experimentar. Portanto, nesta pista todos são velozes – incluo-me a mim neste grupo. Mas agora, para mim, é muito importante melhorar a travagem no dia de testes e iremos tirar proveito nas próximas pistas, claro’.

O conteúdo ‘Temos de considerar Assen e Silverstone como referências’ – Maverick Viñales aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Marc Márquez terminou a corrida de hoje em Misano em boa forma e numa posição competitiva, depois de ter sido sétimo, considerando que foi esta foi ‘melhor do que o esperado’. O piloto da Repsol Honda Team foi mais longe e disse que fez ‘uma corrida perfeita’, apesar da posição, e ficou satisfeito com a forma como conseguiu defender-se nos instantes finais.

Após a corrida, o ex-campeão do mundo, que está a ter uma época particularmente difícil, começou por dizer: ‘Correu melhor do que esperava, pensei terminar em décimo’.

O piloto recordou a primeira sessão do dia e a forma como geriu a sua corrida principal: ‘No Warm Up, não ataquei e só pensava na corrida. Da minha parte, fiz uma corrida perfeita. Pressionei quando tinha de o fazer. Quando apanhei o [Maverick] Viñales, comecei a perder terreno, tanto em termos de pneus como fisicamente. Não tenho quaisquer problemas, mas quando se ataca com força, é difícil com a moto’.

Apesar dos ataques de Raúl Fernández e Luca Marini mesmo no final, com ambos muito perto dele, estava orgulhoso da forma como se aguentou e… como foi muito mais rápido na geral do que o próximo Honda em pista a terminar – Stefan Bradl, piloto de testes:

– Defendi-me bem no final. Fisicamente estou a 100%, fui 20 segundos mais rápido do que a segunda Honda. Esta situação com a Honda não é boa, mas estou a dar o meu melhor e a treinar muito. Tive uma segunda metade de corrida forte, mas não exagerei. Quero fazer todas as corridas porque, fisicamente, isso vai ajudar-me no futuro.

O conteúdo ‘Correu melhor do que esperava e, para mim, corri na perfeição; Fui 20 segundos mais rápido do que a segunda Honda’ – Marc Marquez aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Brad Binder que fez uma grande recuperação na corrida Sprint, sendo um dos destaques deste GP de Misano pelas suas espetaculares ultrapassagens, caiu na corrida de domingo e terminou na 14ª posição.

Questionado sobre o fim de semana, Binder mostrou-se desiludido com a queda sofrida : ‘ Não era o domingo que tinha em mente, conseguia acompanhar o ritmo dos pilotos da frente, mas infelizmente perdi a frente e foi o final da corrida para mim. A sensação que tive foi simplesmente da frente a escorregar e acabei por cair. O objetivo era ficar entre os primeiros, porque ontem na Sprint tinha um bom ritmo, mas hoje fiz asneira. Quando temos motos à nossa frente o pneu da frente aquece muito e senti isso algumas curvas antes de cair. Foi um erro meu não ter pensado nisso antes e a culpa foi minha.’

A pressão dos pneus é cada vez mais importante para os pilotos e para a condição dos pneus durante a corrida e Brad Binder falou um bocado sobre a situação durante a corrida : ‘ A pressão do pneu da frente quando tinha três motos à frente sobe muito, o que sentimos mais é a temperatura, fica mesmo muito alta. Quando começa a aquecer deixamos de ter movimento na frente e o pneu bloqueia bastante porque não tem borracha para agarrar, o que torna tudo mais difícil.’

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