A Prima Pramac ganhou o GP da Austrália de MotoGP com Johann Zarco e voltou a ficar mais perto de conquistar o título de equipas – alargando a sua margem na liderança do campeonato.

Com a vitória do francês e o quinto lugar de Jorge Martín, a Pramac somou 36 pontos em Phillip Island e chegou aos 526. Está 85 pontos na frente da Mooney VR46 Racing Team. No entanto, ainda tudo pode acontecer, já que até ao final da temporada há um máximo de 264 pontos para atribuir.

A Ducati permanece em terceiro como melhor equipa de fábrica, a 23 pontos da VR46 e a 108 pontos do topo. A Red Bull KTM está em terceiro e a Aprilia em quarto, a 50 e 63 pontos da Ducati respetivamente. A CryptoDATA RNF MotoGP Team de Miguel Oliveira continua em oitavo, agora mais longe do sétimo lugar da Gresini. Ainda não atingiram a marca de 100 pontos a GasGas Tech3 e a Repsol Honda, em décimo e 11.º.

Quanto aos construtores, não há grandes novidades. A Ducati, já campeã, passou a ter 552 pontos somados, contra os 296 da KTM. Os austríacos dilataram ligeiramente a sua margem face à Aprilia, que continua a ser inferior à do valor de uma vitória em corrida principal. A Yamaha distanciou-se da Honda na luta pelo quarto posto, tendo quatro pontos de margem.

Campeonatos de construtores e de equipas:

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Aleix Espargaró teve uma corrida para esquecer no GP da Austrália de MotoGP. Terminou em oitavo a mais de nove segundos do vencedor, para seu grande desapontamento. No entanto, não atribui culpas à agenda alterada.

Devido às previsões de mau tempo no domingo, a corrida principal foi alterada para sábado, pelo que os pilotos não tiveram tantas chances de se prepararem para a mesma – não houve corrida sprint nem warm-up antes como em todos os GP.

Apesar das dificuldades a bordo da Aprilia, Espargaró assegurou que houve muito tempo de preparação, quando questionado sobre se a agenda diferente pesou: ‘Não, não, sem desculpas. Tivemos muito tempo na sexta-feira com condições muito boas, também no FP2. Nada teria mudado se tivéssemos corrido no domingo’.

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Quando tudo fazia crer que Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) poderia ganhar o GP da Austrália de MotoGP, foi o seu colega Johann Zarco a obter o triunfo. Na luta também esteve Francesco Bagnaia, competindo com um pneu médio traseiro em vez do macio no qual o espanhol arriscou sem sucesso. Mesmo assim, fez o melhor resultado entre os que tiveram essa opção.

No entender do italiano, Martín foi o único piloto que apostou no pneu macio desde os treinos, mas realçou que o rendimento em corrida é diferente: ‘Creio que ele foi o único com a possibilidade de correr com o macio porque na sexta-feira fez várias voltas e ele foi muito veloz. Julgo que a quantidade máxima foram 19, com a paragem e o início. Durante toda a corrida é sempre uma história diferente, e quando vi que a distância que ele adotou no início não era suficientemente boa para se manter com alguma margem nas últimas voltas, eu estava a considerá-lo’.

Focado na gestão correta do pneu, Bagnaia acredita que adotou uma estratégia acertada, e atribuiu mérito à vitória de Zarco: ‘Num momento, durante a corrida, eu só tentei ser muito cuidadoso com o pneu traseiro porque eu sabia que era a escolha correta e sabia que assim que o Brad [Binder] e o Fabio [Di Giannantonio] começassem a lutar os iríamos apanhar mais facilmente, sem atacar. Portanto, creio que foi a escolha certa, a estratégia correta, e só falhei um pouco para estar próximo do Johann na última volta. Mas ele estava numa situação melhor com a tração, ele esteve a trabalhar muito bem com a aderência traseira, portanto merecia a vitória mais do que eu’.

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Antes de a corrida sprint ser cancelada, o warm-up do GP da Austrália de MotoGP realizou-se à chuva e Maverick Viñales foi o mais veloz. O piloto da Aprilia teve boas sensações com a sua moto – tanto que ficou com algo para compreender.

O espanhol explicou que teve um nível de tração com chuva que não teve quando esteve tempo seco em Phillip Island – algo que não aconteceu pela primeira vez em 2023:

– Estava a parecer bem, as outras Aprilia não tanto. Mas honestamente eu estava com uma sensação muito boa. É algo que temos de entender, porque com piso molhado encontrei a tração que não tenho com piso seco. Portanto precisamos de entender e precisamos de estudar, porque é importante. No Japão, embora tenha caído e trocado de moto eu era um dos mais velozes em pista sem a motivação de atacar. Precisamos de compreender, honestamente estou curioso para ir mesmo a fundo nos dados de chuva porque temos algo que nos falta com tempo seco. Honestamente, senti-me muito bem no warm-up.

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Devido ao mau tempo, o GP da Austrália de MotoGP ficou limitado à corrida principal, mas nem por isso o campeonato deixou de sofrer alterações significativas na classificação.

Francesco Bagnaia (Ducati) cimentou a liderança com o segundo lugar em Phillip Island: está agora 27 pontos na frente de Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati), que depois de estar na frente até à última volta acabou apenas em quinto. Marco Bezzzecchi (Mooney VR46 Racing Team/Ducati) segue em terceiro, agora a 73 pontos do topo.

Brad Binder (Red Bull KTM) é quarto e, com a sua primeira vitória, Johann Zarco (Prima Pramac/Ducati) subiu a quinto por troca com Aleix Espargaró (Aprilia). Fabio Quartararo continua em décimo como melhor Yamaha, enquanto Marc Márquez (Repsol Honda) em 16.º é o mais forte do construtor da «asa dourada».

No que concerne a Miguel Oliveira (CryptoDATA RNF MotoGP Team/Aprilia), o fim de semana complicado na Austrália – foi apenas 13.º – valeu-lhe a descida ao 14.º posto do campeonato. Foi ultrapassado por Fabio Di Giannantonio (Gresini/Ducati), depois de o italiano subir ao pódio pela primeira vez na carreira.

Classificação do Mundial de pilotos:

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Depois da interrupção prematura da corrida do Mundial de Moto2 na Austrália, ainda houve alguma incerteza sobre se a corrida sprint de MotoGP se realizaria. A decisão foi a de a cancelar, perante o vento forte.

Mike Webb, diretor de corrida do MotoGP, explicou que os pilotos foram ouvidos antes da decisão, tal como os chefes de equipa: ‘Tivemos uma reunião com todos os chefes de equipa pouco antes de tomarmos a decisão, com todos os chefes de equipa. O Loris [Capirossi, conselheiro de segurança] e o Carlos [Ezpeleta, diretor desportivo da Dorna] falaram com os pilotos, e o Tomé [Alfonso, delegado de segurança da FIM] falou com os pilotos de MotoGP nas suas garagens para receberem as opiniões em primeira pessoa deles. Como podem imaginar, há uma grande amplitude de opiniões dos pilotos, dependendo de quem são, das suas próprias circunstâncias, o que for… portanto, uma enorme amplitude’.

Segundo o britânico, tentar dar início à corrida com condições piores das que se verificavam aquando da interrupção da de Moto2 não estava em cima da mesa: ‘Portanto, falámos com as equipas para dizer: «Estas são as nossas opções, esta é a situação como é neste momento». Mas sequer partir outra vez, sequer fazer uma volta de reconhecimento e tentar realizar uma corrida quando a condição meteorológica é significativamente pior do que era quando mostrámos a bandeira vermelha… Lamento, não é uma opção, não o podíamos fazer’.

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Ao contrário de vários pilotos, Francesco Bagnaia prefere trabalhar nos treinos com o foco em corrida e não na qualificação. Isso deixa-o bem posicionado para a corrida, mas não tanto para a qualificação e para o treino cronometrado – foram já duas vezes consecutivas que falhou o apuramento direto para a Q2.

O campeão em título da Ducati admitiu que duvida se deve manter esta abvordagem: ‘Não sei se é bom continuar assim, mas a minha estratégia durante a sessão é muito diferente comparando com todos os outros. E ajuda-me a estar muito preparado para a corrida sempre, mas não preparado para estar nas primeiras posições quando conta. Este fim de semana, por exemplo, quando montámos o pneu macio não tinha experimentado esta quantidade de aderência. A diferença entre o médio e o macio no flanco esquerdo era enorme e tive problemas com isto. Felizmente acabámos o trabalho no sábado de manhã e estivemos preparados para a corrida’.

Nos próximos GP, Bagnaia pode considerar uma mudança, como afirmou: ‘Talvez tenhamos de começar a pensar de outra forma e estarmos mais preparados também para o ataque ao cronómetro. Porque agora vamos para circuitos em que é muito importante ser veloz’.

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A Ducati teve alguns motivos para sorrir neste GP da Austrália, num dia de estreia para dois pilotos a bordo de uma Desmosedici: Johann Zarco venceu pela primeira vez no MotoGP e Fabio Di Giannantonio conseguiu o seu primeiro pódio na classe.

O Diretor Geral da Ducati Corse, Dall’Igna, fez alguns comentários nas redes sociais sobre a jornada australiana, relativamente ao primeiro dia: ‘Uma corrida estranha, concentrada como foi nas duas últimas voltas e fortemente condicionada pelo consumo de pneus. Um final emocionante que termina com uma emocionante ordem de chegada ao pódio só de Ducati’.

Depois, não perdeu a oportunidade de elogiar a primeira vitória de sempre de Zarco no MotoGP, um triunfo que surgiu depois de o francês, que tem sete anos na classe, ter conseguido chegar à primeira posição na última volta da corrida principal: ‘Aplaudimos a primeira vitória de Zarco no MotoGP, uma vitória bem merecida, resultado de uma conduta exemplar que mostrou todo o seu talento. Parabéns à Pramac, que mais uma vez demonstrou o seu excelente trabalho de equipa e a habilidade dos seus pilotos’.

E não esqueceu DiGia: ‘O mesmo se aplica à equipa Gresini, cujo Di Giannantonio conseguiu subir ao pódio pela primeira vez na categoria máxima, um piloto que se mostrou mais forte e determinado do que nunca, protagonista entre os melhores em todas as corridas recentes’.

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O vento forte que obrigou ao cancelamento da corrida sprint do GP da Austrália de MotoGP é um risco constante nesta altura do ano em Phillip Island – o que leva a sugerir uma antecipação para o período de verão local.

Maverick Viñales foi confrontado com essa solução. O espanhol da Aprilia considera que poderia ser uma ajuda, mas acredita que não é viável:

– Talvez, não sei. Mas há sempre condições complicadas nesta parte do ano, mas julgo que logisticamente é impossível para eles mudarem-se para a fase inicial do ano.

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Miguel Oliveira foi o melhor piloto da CryptoDATA RNF MotoGP Team este fim de semana no GP da Austrália, num resultado que até surpreendeu a equipa já que o português não teve as melhores sensações com a moto.

O Team Manager da CryptoDATA RNF MotoGP Team falou sobre o domingo na Austrália, que teve a corrida Sprint cancelada, ao mesmo tempo que disse que foi bom antecipar a corrida principal para sábado.

– Phillip Island terminou mais cedo porque a Sprint foi cancelada. Claro que foi uma boa decisão fazer a corrida principal no sábado, uma vez que esteve a chover a cântaros no domingo. Pessoalmente, teria adorado vê-los a correr, mas havia muito risco com as asas, a velocidade rápida das motos de MotoGP e os travões de carbono não atingiriam a temperatura que deveriam, pelo que a decisão foi sensata ao impedir a corrida de Sprint no domingo.

Falou também do melhor piloto da equipa na única corrida que teve lugar em Phillip Island: ‘O fim de semana não foi fantástico, o Miguel teve muitas dificuldades em sentir a moto, mas terminou em P13 na corrida de ontem [sábado], o que foi melhor do que o esperado’.

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